IPCA acumulado em 12 meses até novembro é de 4,46%; reajustes entram em vigor em janeiro
O aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte e na região metropolitana supera em quase o dobro a inflação oficial do país. Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, acumulou alta de 4,46% em 12 meses até novembro, as tarifas do transporte público subiram 8,7% na capital e 8,93% na Grande BH. Os novos valores que serão cobrados a partir de 2026 têm sido criticados por usuários, insatisfeitos com os reajustes em meio às atuais condições do serviço prestado.
Na capital, a tarifa das linhas convencionais passa de R$ 5,75 para R$ 6,25 a partir de 1º de janeiro - R$ 0,50 a mais. A prefeitura informou que a gratuidade em linhas que atendem vilas e favelas está mantida, assim como o programa “Catraca Livre”, com passagens sem custo aos domingos e feriados.

No mesmo pacote, a PBH reajustou também os valores cobrados nas linhas circulares e alimentadoras: de R$ 5,50 para R$ 6. O taxi-lotação também ficará mais caro. O trajeto na avenida Afonso Pena passa de R$ 6,35 para R$ 6,90. Já na avenida do Contorno, sobe de R$ 6,05 para R$ 6,60.
Região Metropolitana
Para quem usa as linhas metropolitanas, o Governo de Minas publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) o reajuste de 8,93%, com início em 9 de janeiro de 2026. Segundo o texto, o aumento segue diretrizes previstas nos contratos de concessão. Com isso, as passagens do sistema passam a variar de R$ 6,10 a R$ 62,45, a depender da linha.
O Executivo estadual não detalhou o que foi levado em conta para o reajuste. Já a PBH informou a medida está prevista em lei e considera custos como combustível, manutenção, despesas com pessoal e outros itens do sistema. A prefeitura disse ainda que continuará arcando com parte do valor para reduzir o impacto ao usuário e declarou que, sem esse complemento, a tarifa seria de R$ 10,30.