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O PRIMEIRO CLÁSSICO NINGUÉM ESQUECE - LUIZ HENRIQUE FREITAS
Crônicas
Publicado em 23/10/2023

Os 6 a 1 sempre na memória

Não tem como não lembrar dos seis a um, a maior goleada que o Cruzeiro aplicou

no Atlético, naquele quatro de dezembro de 2011, na Arena do Jacaré, em Sete

Lagoas. Aquele jogo salvou o Cruzeiro do rebaixamento, já que uma derrota levaria

o Cabuloso à segunda divisão. Logo depois a CBF mudou a fórmula do Brasileirão e

não repetiu clássicos regionais, na última rodada, para evitar tragédias futebolísticas

que marcam a história dos clubes.

Há uma versão para esta partida emblemática ( eu gosto desta palavra ) de duas

testemunhas “oculares” do fato. Eu narro o que elas disseram no livro “ O Futebol

Mineiro - 2019/2020 “. Vale conferir.

Estreia azul na Arena

No jogo deste domingo, o primeiro na nova casa do Galo, há uma situação

semelhante. Ainda não é a partida decisiva para o Cruzeiro, mas se perder o time

pode entrar no Z4 faltando apenas dez rodadas para o fim do campeonato. E sair de

lá não é nada fácil, já que neste ano há vários clubes grandes correndo risco de cair.

Uma vitória do Galo aproxima o alvinegro da zona de classificação da Libertadores,

o que restou depois do ano frustrante em que só veio o título do Campeonato

Mineiro.

A pergunta que não quer calar: o Galo vai pra cima para escrever a primeira vitória

sobre o maior rival na casa nova? O Cruzeiro vai crescer no clássico e derrotar o

adversário histórico? Vamos saber no apito final do juiz.

Equilíbrio e gol contra

O jogo começou com o Cruzeiro metendo uma bola na trave no primeiro minuto.

Aos dez, Hulk quase marcou em uma cavadinha que passou perto da trave. Aos 25,

Arana acertou um chute que raspou a trave esquerda de Rafael Cabral.Aos 30,

Matheus Pereira desperdiçou uma chance clara de gol para o Cruzeiro. A primeira

etapa foi equilibrada, com bom nível técnico, mas sem gols.

Na volta, logo no início, Arthur Gomes acertou um chute cruzado defendido por

Everson. Aos 12, outro chute perigoso na meta atleticana. Aos 15, os dois técnicos

começaram as substituições já que o calor estava forte, 26 graus em BH, às 17h30.

O Galo só chegou ao gol azul aos 40 minutos em uma cabeçada de Kardec

 

defendida pelo goleiro Rafael Cabral. Em seguida, gollllllllllll , só que contra de

Jemerson para o Cruzeiro.O Galo não conseguiu jogar bem no clássico que

terminou com a vitória azul por um a zero.

Alívio celeste

Os três pontos podem ter sido decisivos para livrar o Cruzeiro do rebaixamento. Já a

derrota não significou tanto para o Galo, que seguirá sua busca por uma vaga na

Libertadores.

Hoje o Cruzeiro escreveu na história da Arena MRV: “ Nós vencemos o primeiro

clássico na casa nova do Galo. E tenho dito!”

 

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