Com seis horas de atraso, a sessão plenária que poderia cassar o mandato do vereador Gabriel Azevedo terminou sem votação e com o arquivamento definitivo do processo contra o presidente da casa, nesta segunda-feira (4). O pedido de cassação só poderia ser apreciado até hoje, pois pelo regimento interno, o texto da comissão processante tem até 90 dias para ser analisado em plenário.
Marcada para iniciar às 9h, a sessão foi prorrogado para 9h30, data limite para que os vereadores confirmassem presença. Até às 9h27, apenas nove pessoas tinham confirmado participação. Às 9h29 os políticos começaram a marcar presença, chegando os 21 necessários para início do plenário. A medida pode ser vista como uma forma de postergar ao máximo o início da sessão.
Às 9h31, o vice-presidente, Juliano Lopes (Agir), informou que a sessão seria suspensa por duas horas. A ala à favor do projeto de cassação ainda tentava articular para conseguir os 28 votos necessários para que a cassação seja aceita, o que ocasionou o pedido de paralisação.
Às 11h30, a sessão foi retomada com a leitura do parecer por quase duas horas, pela vereadora Flávia Borja. Os vereadores Wesley Pereira, Miltinho CGE e Marcos Crispim ainda falaram por 15 minutos, cada, um, e a sessão foi encerrada às 14h30 sem votação.
O pedido de cassação foi feito pela deputada federal, Nely Aquino (Podemos), em agosto deste ano. Ela alega contra Gabriel quebra de decoro parlamentar. Conforme a denúncia, o vereador teria cometeu abuso de autoridade, agressões verbais contra outros colegas, atuação irregular em CPI e exoneração de funcionários por perseguição política